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Resultado da Chamada Pública de Filmes

A 14ª Mostra Cinema e Direitos Humanos tem como tema “Viver com dignidade”. Em reação à chamada pública para inscrição de curtas-metragens, recebemos títulos de 22 das 27 unidades da federação – e de todas as regiões do Brasil. Para selecionar os treze filmes que serão exibidos em todo o país durante a mostra, em novembro, um júri formado por quatro pesquisadores de cinema assistiu todos os filmes recebidos e, após algumas sessões de debates, chegou-se ao resultado final.

Nesta 14ª edição, a MCDH pela primeira vez abriu uma chamada pública para selecionar projetos de Jovens Curadores, com o intuito de democratizar a atividade de curadoria. Foram recebidos projetos apresentados por coletivos de estudantes ou profissionais de até 30 anos, residentes nas cinco regiões do país. Naara Fontinele, uma pesquisadora de cinema residente nos Estados Unidos, assistiu todos os filmes que compunham os programas inscritos e chegou ao programa vencedor, que também será exibido em todo o país.

Foram compostos dois júris para a seleção dos filmes. Uma das diretrizes da Mostra é a integração acadêmica de alunos e professores, e essa mesma diretriz foi aplicada à escolha dos membros do júri composto pela curadora da Mostra, a professora Lúcia Monteiro: o professor Marcelo Ribeiro, a pesquisadora Naara Fontinele, a mestranda Renata Hein e o doutorando Breno Henrique. Os integrantes do júri ficaram impressionados pela qualidade e pela variedade de filmes e programas de curadoria inscritos e parabenizam todas as pessoas que responderam a chamada.

Júri de Curtas

* Lúcia Ramos Monteiro – Professora da UFF e curadora da Mostra desde a 13ª edição, com foco em ecocrítica e cinemas amazônicos. Sua visão única enriquece nosso júri com reflexões profundas sobre roteiro e cinema.

* Marcelo Ribeiro – Professor da UFBA, especialista em cinemas africanos e direitos humanos. Marcelo traz uma perspectiva de descolonização e emergências múltiplas do cinema, ampliando o alcance da Mostra.

* Renata Masini Hein – Mestranda em Cinema e Audiovisual na UFF, com foco no Nuevo Cine Latinoamericano e no cinema feminista. Renata traz a força do cinema de Sara Gómez e a representatividade das mulheres na indústria cinematográfica.

* Breno Henrique – Bacharel em Cinema e Audiovisual pelo Centro Universitário UNA, Mestre em Comunicação Social pela UFMG e Doutorando em Cinema pela UFF. Breno trabalha com direção de arte, realização audiovisual e artes visuais, e é coordenador geral da Preto e Outras Cores – Mostra de Cinema Negro LGBTQIAPN+.

Júri Jovens Curadores

* Naara Fontinele – Doutora em Cinema e Audiovisual pela Sorbonne Nouvelle e em Comunicação Social pela UFMG. Naara é uma pesquisadora dedicada ao cinema brasileiro e ao documentário, com uma carreira marcada por curadorias e pesquisas inovadoras.

A seleção de curtas-metragens privilegiou a qualidade dos filmes, o diálogo com outros títulos dentro da mesma sessão e seu potencial gerador de debates, principalmente relacionados ao campo dos Direitos Humanos. Além disso, o júri buscou manter a diversidade regional, de gênero e raça entre os/as cineastas participantes, de modo a que todas as regiões do país tenham ao menos um filme sendo exibido.

Para a escolha do Programa Jovens Curadores, foi privilegiada a coerência do projeto, a qualidade dos filmes e a pertinência com relação ao campo dos Direitos Humanos.

RESULTADO

Os filmes da chamada de curtas e os filmes propostos pelo coletivo de curadoria abaixo foram selecionados pelo júri, e agora serão contactados para a devida contratação. A produção da Mostra, juntamente com a equipe de Curadoria, pode realizar substituições caso haja alguma desistência ou não adequação dos proponentes aos regulamentos de contratação.
Este resultado não compõe a programação total da Mostra, que será divulgada em data futura com a relação completa de filmes e sessões.

Regulamento 1 – Chamada Aberta para inscrição de Curtas-Metragens

  • Água Rasa de Dani Drumond (MG)
  • Big Bang de Carlos Segundo (RN)
  • Fluxo – O Filme de Filipe Barbosa (SP)
  • Habito de Fernando Santos (AL)
  • Mansos de Juliana Segóvia (PE)
  • Máquinas de Lazer de Italo Zaccaron (SC)
  • Maré Braba de Pâmela Peregrino (BA)
  • Marés da Noite de Juliana Sada e Noemi Martinelle (SP)
  • Mborayhu Ñemoheñoi: A Luta das Mulheres Avá Guarani de Carol Mira (PR)
  • Pássaro Memória de Leonardo Martinelli (RJ)
  • Pulmão de Pedra de Torquato Joelma (PB)
  • Sobre cabeça os aviões de Amanda Costa e Fausto Borges (GO)
  • Somos Terra de Elisabete Christofoletti e Nilson Santos (RO)

Regulamento 2 – Chamada Aberta para inscrição de Jovens Curadores

Coletivo de Curadoria: Anomalia Filmes
A Anomalia Filmes é um coletivo de produção e distribuição de curtas-metragens. Criada em 2022 e com foco em projetos que fogem da norma, a Anomalia aposta na criatividade e inovação da diversidade de corpos no audiovisual.

Proposta selecionada:

  • Lapso de Caroline Cavalcanti (MG)
  • Marina Não Vai à Praia de Cássio Peereira dos Santos (MG)
  • Possa Poder de Victor Di Marco e Márcio Picoli (RS)
  • Sobre Amizade e Bicicletas de Julia Vidal (PR)

Justificativa do proponente: O olhar capacitista retira as possibilidades de existência de uma pessoa com deficiência, sorte que temos personagens fortes e obstinados como Chico, Lucas, Bel, Marina e tantos outros que não se deixam limitar pelo preconceito da sociedade.

Personagens que precisam buscar uma forma de subverter os olhares alheios para viver a própria vida. Revolta, união, resistência e revolução. Um corpo com deficiência tem o direito de existir; as pessoas com deficiência são complexas, sentimentais, sonhadoras e humanas.

Comumente colocados em narrativas como vítimas, empecilhos para o cotidiano de uma família ou exemplos de superação, por simplesmente viverem como são, aqui são colocados como protagonistas das próprias vidas. Com trabalhos, sonhos, desejos, amigos e amores. Um corpo que acessa a rua, a periferia da cidade, a praia, o lazer e o trabalho. O que pode um corpo com deficiência, senão tudo que ele deseja?