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Programa “Raízes” reúne curtas e médias-metragens com memórias ancestrais

20/02/2024

Reunidos em torno do tema Vencer o ódio, semear horizontes”, os 18 filmes presentes na seleção da 13ª Mostra oferecem caminhos para pensar a relação entre Cinema e Direitos Humanos no Brasil de hoje. As histórias foram divididas nos programas “Homenageado”, “Raízes”, “Sementes” e “Frutos”, com inspiração na Árvore dos Sonhos, criada por Omama, o deus da criação dos Yanomami, para que as pessoas pudessem sonhar assim que suas flores desabrochassem.

O programa “Raízes” reúne curtas e médias-metragens em que a pesquisa de memórias ancestrais é a base de criação. Para além da denúncia do racismo, de tentativas de extermínio e do capacitismo, seus autores procuram valorizar conquistas e inventar novas realidades nas telas. 

“Travessia” (Brasil, 2017, 5 min, livre), da baiana Safira Moreira, investe na força da imagem fixa como disparadora dos processos de memória, condensando o passado de escravidão, as persistências do racismo e a construção de novas narrativas mais alentadoras. “O ontem – o hoje – o agora”, como diz um dos versos do poema “Vozes-Mulheres”, de Conceição Evaristo, ouvido no curta enquanto vemos, fragmentada, a imagem de uma jovem babá negra que tem no colo um bebê branco. 

“Filha Natural” (Brasil, 2018-19, 16 min, livre), da niteroiense Aline Motta, mostra a busca da diretora pelas raízes de sua família, debruçando-se sobre os documentos dos antepassados. Há indícios que a tataravó dela tenha nascido por volta de 1855, em uma fazenda de café em Vassouras, zona rural fluminense, considerada o epicentro do escravismo brasileiro no século XIX. A artista visual faz de lacunas e ausências seu motor criativo.

“Nossa Mãe Era Atriz” (Brasil, 2022, 26 min, 12 anos), dos irmãos Renato Novais e André Novais Oliveira, reverencia Maria José Novais Oliveira, uma mulher negra que se tornou atriz aos 60 anos, ao atuar nos filmes realizados junto aos filhos, em Contagem (MG). O documentário rememora a imagem de uma mulher ímpar, que marcou o cinema brasileiro dos anos 2010.

“Mãri Hi – A Árvore do Sonho” (Brasil, 2023, 18 min, livre), de Morzaniel Ɨramari, oferece uma experiência onírica, conduzida pelo xamã Davi Kopenawa, apresentando poéticas e ensinamentos dos povos da floresta. O filme nos estimula a prestar mais atenção nos sonhos, nos quais nossos antepassados e pessoas de quem nos distanciamos conseguem se fazer presentes.

“O Que Pode um Corpo?” (Brasil, 2020, 14 min), de Victor Di Marco e Márcio Picoli, propõe um exercício de memória distinto: será que já tínhamos memória quando ainda éramos fetos? “Se eu pudesse me lembrar de algo, eu ia escolher ter a memória de como eu sentia o meu corpo”, diz no filme o catarinense Victor, ele próprio uma pessoa com deficiência e ativista dos direitos das pessoas com deficiência. 

”A Poeira dos Pequenos Segredos” (Brasil, 2012, 20 min, 14 anos), de Bertrand Lira, é a única ficção desse programa da Mostra, retratando uma conflituosa relação entre um casal hipnotizado pelo mistério do mundo ambientada no Cariri paraibano. 

Clique aqui e conheça os filmes selecionados para Mostra!

Serviço:
13º Mostra Cinema e Direitos Humanos

Atendimento à imprensa pela Auracom Assessoria de Comunicação:
Aura Pinheiro - 21 98778-1316
Maria Cristina Mello - 21 99432-1778
Renato Guima - 21 99260-0910

Para dúvidas e mais informações:
oficialmcdh@gmail.com

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