Programa “Frutos” traz longa e curtas-metragens infantojuvenis
01/03/2024
A formação de novos amantes da sétima arte também é um dos pilares da 13ª Mostra Cinema e Direitos Humanos. Assim, o evento tem um longa e quatro curta-metragens para o público infantojuvenil nas sessões chamadas de “Frutos”, que completam os programas “Homenagem”, “Raízes” e “Sementes”.
A curadora Lúcia Monteiro conta que para fazer um filme quase sempre é necessário um envolvimento coletivo, a participação de uma equipe de elenco, direção, produção, montagem… “Nesse sentido, cada filme que encontra seu público constitui a realização de um sonho – e abre espaço para semeadura de novos sonhos”, diz a curadora.
Trabalhar para realizar um projeto coletivo é o que move “Um Filme de Verão” (Brasil, 2019, 95 min, 14 anos), de Jô Serfaty. Filmado em Rio das Pedras, comunidade na Zona Oeste do Rio, o longa mostra quatro jovens que enfrentam as incertezas da vida adulta e se reinventam diante da crise da cidade nos meses mais quentes do ano.
Realizado pelas crianças da Escola Municipal José Albino Pimentel, “Tesouro Quilombola” (Brasil, 2021, 23 min, livre) é um dos frutos do projeto de educação audiovisual desenvolvido para o letramento dos estudantes do Quilombo Guguri-Ipiranga, na Paraíba. No curta, as crianças do quilombo brincam de caça ao tesouro e descobrem as verdadeiras riquezas do território.
Em “Mutirão, o Filme” (Brasil, 2022, 10 min, livre), de Lincoln Péricles, uma criança apresenta a construção coletiva da quebrada onde vive. Através de seu olhar alegre, ela imagina o passado da comunidade e as vidas das pessoas que formaram o mutirão.
Já em “Cósmica” (Brasil, 2022, 7 min, livre), de Ana Bárbara Ramos, as crianças se engajam na luta contra a crise climática, após constatarem que esse problema não deve ficar somente nas mãos dos adultos.
A sessão Frutos termina com “O Pato” (Brasil, 2022, 11 min, 14 anos), de Antonio Galdino, em que Cida, uma mulher marcada pelo abuso doméstico, decide encerrar esse ciclo de violência e ser um exemplo para a filha, Fia. Cida descarrega as energias no cuidado da casa e no preparo da refeição familiar: uma ave.
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13º Mostra Cinema e Direitos Humanos
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